segunda-feira, 25 de junho de 2012

Laura Carstensen (psicologa) - 10 Chaves para a Felicidade



Segue-se uma lista dos dez factores principais. A propósito, os peritos pensam que os genes (o 4.º factor) contam para cerca de 50% da nossa disposição, sendo os restantes 50% da responsabilidade dos outros nove. 
1. Saúde
O dinheiro pode comprar uma certa dose de felicidade. Mas desde que haja dinheiro para se comer, vestir e para habitação, o dinheiro extra faz cada vez menos diferença. 
Sempre que se debruçam sobre o assunto, os cientistas descobrem que, em geral, quanto mais ricas, mais felizes as pessoas são. Mas a relação entre dinheiro e felicidade é complicada. No último meio século, embora o salário médio tenha disparado em flecha nos países industrializados, os níveis de felicidade permaneceram inalterados. Uma vez satisfeitas as necessidades básicas, o dinheiro apenas parece fomentar a felicidade quando se tem mais do que os amigos, os vizinhos e os colegas. 
«O dinheiro compra estatuto social, e o estatuto social faz as pessoas sentirem-se melhor», diz Andrew Oswald, economista da Universidade Warwick, de Coventry, Inglaterra. Isto ajuda a explicar por que razão pessoas que podem procurar estatuto noutras vias — cientistas ou actores, por exemplo — aceitam com facilidade empregos não muito bem remunerados. 
2. Desejo
De quanto precisará uma pessoa para se sentir bem? Nos anos de 1980, o cientista político Alex Michalos, professor emérito da Universidade de Northern British Columbia, em Prince George, pediu a 18 000 universitários de 39 países que classificassem a sua felicidade numa escala numérica. Depois, perguntou-lhes a que distância estavam de ter tudo o que desejavam. Descobriu que aqueles cujas aspirações – não apenas de dinheiro, mas também de amigos, família, emprego, saúde, tudo ... – estavam mais longe do que já possuíam tinham tendência para ser menos felizes do que aqueles que se diziam mais perto. 
De facto, a dimensão desse fosso permitia avaliar o grau de felicidade cinco vezes mais rigorosamente do que o mero critério do nível de rendimentos. «As medidas desse fosso deitam por terra as medidas absolutas do rendimento», conclui Michalos. Este «fosso em relação às aspirações» poderia explicar porque é que para muitas pessoas a felicidade não aumenta com a subida dos ganhos. Em vez de satisfazerem os desejos, muitas delas apenas querem mais. 
Em entrevistas efectuadas pela empresa de sondagens Roper ao longo das duas últimas décadas, perguntou-se aos Norte-Americanos que enumerassem os bens materiais que achavam importantes para «uma vida boa». Os investigadores descobriram que, quanto mais bens as pessoas já possuíam, maior era a lista. A felicidade permanecia sempre fora do alcance. 

3. Inteligência

Poucos inquéritos foram dedicados a descobrir se as pessoas inteligentes são mais felizes, mas os que existem indicam que a inteligência não é relevante. À primeira vista, isto parece surpreendente, uma vez que as pessoas mais brilhantes costumam ganhar melhor e as que são ricas tendem a ser mais felizes. 
Alguns investigadores especulam que pessoas mais brilhantes podem ter expectativas mais elevadas e sentir-se insatisfeitas se não as realizam. «Ou talvez os bons resultados num teste de coeficiente de inteligência — que implica bons conhecimentos de vocabulário e capacidade de raciocínio — não tenham muito a ver com a habilidade para relacionar-se com os outros», diz Ed Diener, psicólogo na Universidade do Illinois, em Urbana-Champaign. E, prossegue ele, talvez a «inteligência social» possa ser a verdadeira chave para a felicidade. 
4. Genética
Poderá nascer-se já feliz ou infeliz? David Lykken, geneticista do comportamento e professor emérito de Psicologia da Universidade do Minnesota, Minneapolis, é da opinião que o nosso sentimento de bem-estar a cada momento é determinado metade pelo que se está a passar nas nossas vidas nesse momento e metade por um «ponto predeterminado» de felicidade que é 90% de origem genética e ao qual acabamos por regressar após acontecimentos dramáticos. 
«Embora esse “ponto predeterminado” da nossa felicidade seja largamente determinado pelos genes», diz Lykken, «o facto de o ultrapassarmos ou de nos afundarmos abaixo dele depende do nosso bom senso e da nossa boa educação, ou do bom senso e da boa educação proporcionada pelos nossos pais.» 
Lykken descobriu que a carga genética contava 44 a 55% para a diferença de níveis de felicidade. Os rendimentos, o estado civil, a religião ou a educação não contavam mais que 3%.
Depende de nós, porém, vivermos a vida abaixo ou acima do nosso «ponto predeterminado». Numerosos estudos confirmaram que os seres extrovertidos tendem a ser mais felizes que a maioria e muito mais felizes que os introvertidos. E está provado que pôr as pessoas de bom humor as torna mais sociáveis. Michael Cunningham, da Universidade de Louisville, no Kentucky, demonstrou que um indivíduo fica mais falador e aberto depois de ver um filme alegre que depois de ver um filme triste. 
Em teoria, mesmo alguém com um baixo «ponto predeterminado» de felicidade pode melhorar a sua visão das coisas. 
5. Beleza
Primeiro, as más notícias: as pessoas bonitas são, de facto, mais felizes. Quando Diener pediu a um certo número de pessoas que classificassem a sua própria aparência, registou um «efeito positivo, ainda que ligeiro, da beleza física no bem-estar subjectivo». A explicação talvez seja a de que a vida é mais risonha para as pessoas bonitas. Ou será mais subtil do que isso: os rostos mais atraentes são muito simétricos, e está provado que a simetria reflecte bons genes e um sistema imunitário saudável. Assim, talvez as pessoas mais bonitas sejam mais felizes porque são mais saudáveis. 
Mesmo quem não é de uma grande beleza pode contabilizar carga emocional positiva, desde que se esteja contente com o seu próprio aspecto. Infelizmente, vários estudos demonstram que as mulheres tendem a achar-se muito gordas, e os homens, pouco atléticos. 
6. Amizade
É difícil imaginar uma existência mais penosa do que a vida nas ruas de Calcutá ou num dos seus bairros de lata, ou então ganhar a vida lá como prostituta. No entanto, apesar da pobreza e sordidez que enfrentam, pessoas que levam estas vidas são muito mais felizes do poderia pensar-se. 
Diener entrevistou 83 indivíduos destes três grupos e mediu a sua satisfação de vida usando uma escala na qual um 2 é considerado neutro. A média global foi de 1,93, um resultado não muito bom mas honroso, se comparado com um grupo de controle de estudantes da classe média da cidade que registou 2,43. E os habitantes das barracas, o mais feliz dos três grupos carenciados, registaram 2,23, o que não difere significativamente do registo alcançado pelos estudantes. 
«Pensamos que as relações sociais são em parte responsáveis por isto», diz Diener. E acentua que os três grupos de excluídos sociais obtiveram níveis satisfatórios em áreas específicas como família (2,5) e amigos (2,4). Os habitantes dos bairros de lata deram respostas mais positivas porque têm mais probabilidades de capitalizar o apoio social inerente à importância das famílias numerosas na cultura indiana. 
7. Casamento
Numa análise de relatórios de 42 países, investigadores norte-americanos descobriram que os casados são realmente mais felizes que os solteiros. O efeito é reduzido, mas ainda assim pede a pergunta: o casamento torna as pessoas mais felizes, ou terão as pessoas felizes simplesmente mais propensão para se casar? 

Ambas as respostas podem ser verdadeiras. Num estudo que acompanhou mais de 30 000 alemães ao longo de 15 anos, Diener e os seus colegas descobriram que homens e mulheres felizes têm mais tendência para se casar e permanecer casados. Mas qualquer um pode melhorar a sua disposição casando-se. O efeito começa a sentir-se cerca de um ano antes do «dia feliz» e perdura, pelo menos, até um ano depois. 
Na maioria das pessoas, os níveis de satisfação acabam por regressar ao ponto de partida, mas os investigadores dizem que isto dissimula o facto de um bom casamento poder ter um efeito positivo permanente. Além disso, pessoas que são menos felizes de início receberão um maior estímulo do casamento. 
A assinatura do papel parece também ter algo de especial: está provado que a simples coabitação não traz tantos benefícios. «Desconfio de que o que falta à união de facto é a segurança de uma aliança de ouro formal, e é por isso que o casal não consegue ser tão feliz», diz Oswald. «Todos os dados conhecidos dizem-nos que a insegurança nunca é boa para os seres humanos.» 
8. Fé
Karl Marx andava bastante perto do cerne da questão quando descreveu a religião como o ópio do povo. A grande maioria das dezenas de estudos que se debruçaram sobre a religião e a felicidade descobriu uma relação positiva entre ambas. Acreditar numa vida para além da morte pode dar aos seres humanos um significado e um propósito e reduzir o sentimento de estar só no Mundo, sobretudo à medida que as pessoas envelhecem, diz Harold G. Koenig, do Centro Médico da Duke University, em Durham, na Carolina do Norte. «O efeito revela-se claramente em alturas de tensão. A crença religiosa pode ser uma forma muito poderosa de enfrentar a adversidade.» 
A religião também traz interacção e apoio. Mas Koenig crê que não se trata apenas de receber. «Os estudos têm provado que quem dá apoio aos outros se sente melhor consigo próprio. E até vive mais tempo.» Segundo os investigadores, isto transforma o envolvimento religioso numa fonte de maior satisfação do que outras actividades sociais inclusivas, como, por exemplo, os grupos de leitura. 
9. Solidariedade
Diversos estudos descobriram uma relação entre a felicidade e o comportamento altruísta. Mas tal como em relação a muitos traços comportamentais, não é claro se o que nos torna felizes é praticar o bem, ou se as pessoas felizes têm mais propensão para serem altruístas. 
James Konow, economista da Universidade Loyola Marymount, em Los Angeles, tentou destrinçar a causa e efeito numa experiência de laboratório. Recrutou voluntários para responderem a questionários e no fim da sessão deu 10 dólares a metade deles, e à outra metade, nada. Depois, sugeriu àqueles a quem pagara que partilhassem o dinheiro com os que não tinham sido compensados. Descobriu que, globalmente, quanto mais felizes os estudantes eram, maior propensão tinham para partilhar o dinheiro. No entanto, o facto de estarem de boa disposição no dia do teste não os tornou mais generosos, nem os estudantes que deram dinheiro referiram qualquer aumento imediato de felicidade. De facto, estavam até ligeiramente menos felizes. 
Mas os que partilharam o dinheiro foram os que mais evidenciaram sinais de que estavam preocupados com o seu próprio desenvolvimento e crescimento pessoal. Konow pensa que não foi um simples acto de generosidade que tornou os seus protagonistas mais felizes, mas os efeitos cumulativos de serem pessoas generosas. 

10. Idade

A velhice pode não ser assim tão má. «Dados todos os problemas do envelhecimento, como podem os idosos sentir-se mais satisfeitos?», pergunta Laura Carstensen, professora de Psicologia na Universidade Stanford, na Califórnia. 

Carstensen fez um estudo em que começou por dar um bip a 184 pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 94 anos. Em seguida, enviou-lhes mensagens cinco vezes por dia durante uma semana, pedindo-lhes que preenchessem um questionário emocional. Os idosos revelaram sensivelmente o mesmo número de emoções positivas que os jovens, mas muito menos emoções negativas. 

Porque são os idosos mais felizes? Alguns cientistas sugerem que as pessoas mais velhas podem esperar que a vida seja mais difícil e lidar bem com essa ideia, ou então que são mais realistas nos seus objectivos, estabelecendo apenas aqueles que sabem poder alcançar. Mas Carstensen pensa que, com o tempo a esgotar-se, os mais idosos aprenderam a concentrar-se em coisas que os fazem felizes, desligando-se das que os não fazem. 

«As pessoas apercebem-se do que têm, mas também de que isso não pode durar para sempre», diz ela. «Um beijo de despedida à mulher aos 85 anos, por exemplo, pode despertar respostas emocionais muito mais complexas do que um beijo semelhante aos 20 anos.»

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Jane Fonda aos 74 anos



Lady Jayne Seymour Fonda nasceu em 21 de dezembro de 1937 na cidade de Nova Iorque. É filha do ator Henry Fonda e da socialite Frances Ford Seymour. Na época, seu pai filmava Jezebel, com Bette Davis. Henry era descendente de irlandeses e o sobrenome Fonda é originário de Eagum, uma vila no coração de Frísia, província do norte dos Países Baixos. Seu primeiro nome, "Lady", é aparentemente inspirado na nobre inglesa Jane Seymour (1509-1537), que tornou-se rainha da Inglaterra, com quem sua mãe possivelmente tinha remoto parentesco, embora ainda não tenha sido provado. Seu irmão Peter (n. 1940) e sua sobrinha Bridget (n. 1964), também são atores.(http://pt.wikipedia.org/wiki/Jane_Fonda )

Essa fantastica palestra é muito ilustrativa , aproveitem :